Nada melhor do que o Fernando Pessoa para a minha primeira mensagem:
...Há um tempo que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de
nós mesmos.
Celene
2010/10/19
Concordo.
ResponderEliminarSeja bem vinda às estradas do arco-íris.
Beijo.
Felicidades ao teu blogue.
Estou contente
Se tens voz...canta.
ResponderEliminarNunca deixes o poema
Ou a canção
Abortados
Na garganta...
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E eu sei que cantas bem.
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Continua. Beijo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCara Celene,
ResponderEliminarVejo que começou agora. Também começei há pouco (considerando qu há gente que alimenta seu blogues anos a fio). Começou com um dos nossos poetas. Seja persistente e frequente.Sigua a recomendação de Pessoa, na frase que escolheu: "É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
(gostei do seu comentário, lá no meu livro!)
Beijo
O mar não há maneira de beijar o areal.
ResponderEliminarFicam as conchas e os búzios à espera de o mar se soltar.
Vêm as noites e as madrugadas cantarem com o mar
e não o encontram disposto a colaborar.
As gaivotas nada dizem.
As flores vermelhas das dunas balouçam tristes.
E o vento passa com a boca fechada
como se houvesse um segredo nas arribas, na costa, no mar e na distância,
com os barcos de velas antes airosas
agora magras e de proa baixa,
como se a boca do mar tivesse sido proibida de falar.
Há que esperar,
há que esperar,
diz o faroleiro
no rochedo sentado,
a cisnmar.
- Há que esperar,
há que esperar,
dizem os pescadores
puxando as redes no mar...